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domingo, 20 de junho de 2010

VIVO QUER DESENVOLVEDORES GAÚCHOS

Vivo quer desenvolvedores gaúchos



Uma parceria entre a Assespro-RS e a Vivo deve tornar o Rio Grande do Sul celeiro dos desenvolvedores de soluções mobile.

De acordo com Fabiano Corrêa, gerente de inteligência comercial da regional gaúcha da operadora, que participou nesta quinta-feira, 17, de um workshop na Assespro-RS que reuniu cerca de 50 empresários do segmento de software, o Rio Grande do Sul saiu seis meses na frente em uma inciativa de aproximação da operadora com o mercado via entidades de classe.



"Outras regionais da Assespro nos procuraram, mas assumimos o compromisso de dar o pontapé inicial pelo sul. A ideia nasceu aqui e hoje os estados de São Paulo e Rio de Janeiro começam a estudar a iniciativa", garante Corrêa.



Pelo acordo, inédito entre as regionais da entidade, as empresas filiadas terão acesso à plataforma de desenvolvimento e venda da operadora, que irá avaliar, certificar e homologar as soluções, passando a oferecê-las a seus consumidores.

Os softwares aprovados pela Vivo serão comercializados por toda sua rede [1] de parceiros o que, em caso de aplicações corporativas, pode ganhar proporções nacionais.

"A expectativa é que entre três e cinco das nossas associadas apresentem uma solução. Colocando ela no mercado ao valor de R$ 1 mensal, com repasse de 50% para a operadora, ainda assim há uma possibilidade de faturamento de R$ 25 milhões", destaca o vice-presidente da Assespro-RS, Reges Bronzatti.

Segundo informações da operadora, cerca de 12 milhões de internautas no mundo utilizam o celular para navegar, sendo que só em 2008 o mercado de mobile alcançou US$ 1 trilhão em faturamento mundial agregado.

"O mercado corporativo não quer mais voz, é preciso desenvolver aplicativos. Não adianta as operadoras ampliarem a cobertura e não trazerem dinheiro para casa", adverte o gerente.



Desenvolvedores gaúchos: falta visão de negócio

A Vivo irá disponibilizar uma série de workshops para mostrar as tendências de desenvolvimento no segmento de mobile para as associadas da Assespro gaúcha. Já estão agendadas atividades com a Samsung e a HTC, e a meta é ainda apresentar tecnologias de empresas como Microsoft, Google, Apple, Motorola e LG.



"Não é um evento técnico, mas para negócio. A grande maioria das empresas gaúchas não desenvolve aplicativos por falta de estratégia. A Assespro quer abrir as primeiras portas, se não fizermos isso vamos continuar desenvolvendo apenas ERP [2] e softwares tradicionais", argumenta o vice-presidente.



A ideia é auxiliar empresas que já possuam um software estruturado e não sabem como agregar mobilidade e também estimular o desenvolvimento de novos projetos.



"Este é o primeiro passo, a ideia é capacitar desenvolvedores gaúchos de software trazendo a expertise e o know-how de soluções de mobilidade. O Rio Grande do Sul já foi ícone tecnológico e hoje está perdendo para outros estados", analisa Corrêa.



De acordo com Bronzatti, o Rio Grande do Sul ainda está fechado para aplicações por falta visão empresarial. Para ele, isso explica o fato de o estado hoje ocupar 6% do mercado de software, sendo que já respondeu por uma fatia de 10%.



"Por que nossas aplicações ainda não estão no mercado? Por que elas não rodam em cloud computing, por exemplo? Por que perdemos profissionais para multinacionais?Perdemos pela marca, e não pela qualidade, por isso precisamos de uma empresa âncora como a Vivo e pensar como empresários de TI do mundo e não do estado", ressalta o vice-presidente.



Já para Corrêa, enquanto a operadora entra com o branding, é também favorecida com a parceria com empresas de menor porte, que oferecem agilidade e velocidade de adaptação das soluções.



Mobile: mercado efervescente

Conforme explica o gerente da operadora, a busca da Vivo é por desenvolvedores parceiros, independente do segmento. Segundo ele, há uma verticalização forte em alguns setores como saúde e compras, porém o mercado é gigante.



"Buscamos um conjunto de soluções para atender uma demanda grande, o número de empresas com mobilidade é muito grande frente à necessidade do mercado. Não há uma tônica do aplicativo que buscamos, nós e outras operadoras estamos trabalhando com a quebra de paradigma para o usuário final", declara ele.



Outro ponto destacado por Corrêa é a questão da homologação do software, sendo que a Vivo está desenvolvendo mecanismos para que a própria Assespro-RS realize o procedimento.



"Nossa maior dor de cabeça é com as empresas que importam hardware, o que depois não passa pela Anatel. Mas essa dificuldade tende a ser simplificada com a ida das operadoras até o mercado de desenvolvedores", conclui Corrêa.

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